Durante o ultimo dia 5 de novembro ocorreu em todo Brasil o Old Dragon Day, um evento que comemorou o aniversário de um ano do jogo de RPG Old School mais famoso do país.
A proposta do evento é bem simples: jogar Old Dragon no dia do Old Dragon. Para isso, uma aventura exclusiva foi distribuída para todos que se cadastraram no site do evento.
Aqui em João Pessoa, assim como em outras partes do país, resolveram juntar os grupos e jogar todo mundo junto num só evento. Infelizmente, só houve duas mesas de OD no evento, e em uma delas eu tive a oportunidade de jogar (inicialmente eu planejava mestrar, mas como eu tinha poucos jogadores achei melhor jogar com o resto do pessoal para completar a outra mesa). Além disso, tive a oportunidade de conhecer o tal FIASCO, que eu achei meio estranho de início "um rpg sem mestre?", mas acabei entendo o jogo no final (isso mesmo, depois que acabou o jogo é que eu entendi como funciona).
Enfim, a mesa em que eu joguei foi narrada pelo Dan Ramos, um dos caras por trás do Old Dragon. Foi a segunda vez que eu joguei em um evento, e trata-se de uma experiência que eu recomendo para todos os jogadores e mestres de RPG que tenham a oportunidade de participar de um evento como esse, conhecer outros grupos de jogadores e trocar idéias, além de conhecer outro estilo de jogo.
A aventura que nós jogamos foi a mesma disponibilizada para o resto do país :"A árvore morta dos kobolds infernais", e como eu já havia lido a mesma (eu pretendia narrar, lembram?), fiz o possível para não dar os "spoilers" da aventura durante o jogo. Nós jogamos com os personagens prontos que foram disponibilizados no RedBlog, e eu acabei ficando com a maga Melina, já que ninguém quis escolher ser o mago do grupo.
Tentei reunir o máximo de informação possível e investigar os outros rumores antes de partir pra tal árvore maldita, além de nos prepararmos com os equipamentos adequados para exploração, mas o grupo insistiu em ir até ela em uma "missão de reconhecimento", além disso o narrador deu uma certa ênfase na árvore, então lá fomos nós investigar o sumiço das criancinhas (das crianças vagabundas, segundo o prefeito, que acabou ficando na lista negra do grupo).
Uma coisa que eu achei interessante no método do narrador foram os Pontos Narrativos, ou algo assim, que serviram para realizar outras roladas em caso de falha, por exemplo, além de interferir na cena do jogo, um dos jogadores ultilizou um desses pontos para que houvesse uma grande rocha na cena, que pudesse ser empurrada de modo que viesse a servir como ponte para atravessar um poço de lava. Além disso o mestre pode presentear o jogador com esses pontos caso o jogador tenha boas idéias, o jogador de Isiscarus recebeu um desses ao ter a idéia de amarrar as pernas de um golem de pedra para que ele caísse ao se locomover.
A aventura foi muito divertida, só houve 2 mortes eu acho, e minha personagem subiu de nível durante a aventura (tudo bem, eu sabia que o ovo misterioso dava um nível para quem o tocasse, mas eu não pretendia fazer isso até que o jogador de Veltan disse "porra maga! tu não fez nada até agora!").
Enfim, o evento foi ótimo, e fazia muito tempo que eu não jogava de mago, e com apenas 2 magias eu tive que guardá-las para usar no momento certo, mas no final acabei usando mísseis mágicos no cão miúdo. Outra coisa interessante, é que cada mestre e grupo tem um estilo ou ritmo diferente, na outra mesa, que começou antes da nossa, eles demoraram muito mais tempo antes de ir até a árvore, além da exploração ter sido bem mais demorada eu presumo, quando terminamos a aventura eles ainda estavam no primeiro nível da dungeon.
Bem, é isso, que venham os próximos eventos!