sábado, 21 de dezembro de 2024

Brincar de RPG


Eu nunca levei o RPG a sério, quero dizer, não no que diz respeito a ele como “coisa séria”, como ser usado pra educação, psicologia, socialização, etc, mas deixemos isso pros acadêmicos.
Não é incomum você entrar nesses grupos de RPG e ver longas discussões sobre diegese e agência do jogador e naturalismo gygaxiano, blablabla e tanto pretenso intelectualismo ao redor de um jogo de rolar os dados fingindo ser outra pessoa, enquanto improvisa uma história.
Livros de RPG de fantasia sombria e outros cenários “adultos” parecem também se levar muito a sério quando, na prática, os jogadores estarão dando risada na mesa fazendo alguma piada boba no meio do jogo. Na mesa de jogo, tudo vira uma divertida brincadeira.
Então, se o RPG no final não deixa de ser uma brincadeira, por que não tratá-lo como tal? Não estou aqui querendo impedir que você filosofe sobre o RPG, busque o jeito iluminado de se jogar e faça longos ensaios sobre, jamais. Mas meu jeito é não levar a sério o RPG, o negócio é feito pra brincar mesmo. 
Gosto de comparar RPG com o brincar de fazer de conta e, principalmente , o brincar de bonequinho, você comanda seu personagem e improvisa um contexto pra aventura dele ali, na hora, cria antagonistas e, numa espécie de simulação de um programa de TV com seus heróis favoritos, se diverte. No RPG é igual, há até quem use miniaturas no seu jogo, afinal. 
Não pretendo entrar aqui nas questões de estudos lúdicos sobre o que é jogo e o que é brincadeira, até porque me falta bagagem no tema pra discuti-lo com propriedade, mas costuma-se dizer que no jogo, há regras. Porém, as regras no RPG não são tão importantes assim, quando se tem a figura do mestre que pode mudá-las em prol do divertimento do grupo. Inúmeros manuais de regra de RPG dirão algo semelhante a isso: se as regras estiverem no caminho da diversão, crie outra ou ignore, isso é meio que unânime no meio. RPG é um jogo, mas é um jogo livre, então eu diria que está mais perto da brincadeira, afinal de contas.
Mas não leve a sério o que escrevi aqui, aprendi a jogar com 3D&T, um RPG de paródia. Dito isso, já há algum tempo que tenho lido bastante sobre RPG e acompanhado diversas discussões, mas a minha conclusão, particularmente, é essa: vamos brincar de RPG tal qual uma criança brinca de boneco, improvisando e misturando histórias, sem se levar tão a sério e, acima de tudo, se divertindo.
Imagem meramente ilustrativa: Bilbo de boas fumando enquanto Gandalf vem mudar a vida dele para sempre.



sexta-feira, 18 de outubro de 2024

Aqui e de volta outra vez

Saudações leitores! Esta talvez seja mais uma tradicional postagem anual aqui neste blog ou não, não se sabe ainda, mas ando pensando em retomar a regularidade aqui. Li no BluesSky que os jovens estão resgatando o uso dos blogs, seja por nostalgia da internet dos anos 2000 ou por um ambiente mais personalizado e controlado sem o imediatismo das redes sociais (como a internet foi um dia). Isso me deixou com vontade de escrever essa postagem. Agora, neste momento em que escrevo eu estou fugindo da sobrecarga de informação das redes sociais, ou pelo menos tentando reduzir o uso (até apaguei os aplicativos do celular). Só o ZAP já tem estímulos o suficiente pra fazer a gente ficar checando ele o dia todo, imagina isso acompanhando meia dúzia de redes sociais, lá se vão horas do seu dia. A meta é dar uma reduzida nesses estímulos, não irei sumir, mas irei tentar falar mais aqui no blog.

Mas vamos falar de RPG né, acho que é um bom jeito de escapar desse nosso mundo de estímulos digitais, seja pra outro mundo seja pela raiz analógica da coisa (não sei vocês, mas eu prefiro rolar dados físicos e rabiscar com papel e lápis quando eu jogo, não me adaptei muito bem ao jogo digital ainda). De uns tempos pra cá eu adquiri alguns jogos independentes maravilhosos e ainda não tive a oportunidade de testar todos eles e de algum modo queria falar sobre eles, dito isso, trarei ao Masmorras & Malucos minhas impressões e relatos de aventuras testando esses jogos.

Por enquanto é isso, até a próxima e obrigado por ler até aqui. 


Imagem meramente ilustrativa se Sauron de fato fosse um ser meio "sauroide"