Imagem meramente ilustrativa: um coelho medieval armado com um revólver porque no mundo de Fantasia ele faria sentido. |
Já devo ter comentado anteriormente que estava tentando (sem sucesso) retomar meus hábitos de leitura, ano passado comecei a ler A História sem Fim, aquele mesmo, do dragão cachorro.
Meu objetivo era: ler pelo menos um livro esse ano pra voltar a me considerar um leitor. Mas talvez tenha sido uma escolha amaldiçoada começar logo com um título desses. Só consegui terminar o livro em dezembro.
Não que o livro seja ruim, longe disso, mas tem sido difícil pra mim manter o interesse em uma atividade por um período mais longo, em algum momento se eu parar de dar atenção eu acabo deixando de lado. É um dos motivos também de eu ter me afastado das redes esse meu problema com foco.
Mas vamos falar da História sem Fim. O livro conta a história de Bastian, um garotinho que adora livros e leitura e que tem problemas com bullying na escola, seja por causa de outros alunos ou até professores que o diminuem por causa de sua aparência.
Fugindo de alguns Bullys, Bastian vai parar em uma livraria onde furta o livro entitulado A História sem Fim, nesse momento conturbado e tomado pela culpa, ele se esconde no sótão da escola e começa a ler o livro, fugindo da sua realidade que tem causado tanto desconforto.
O livro divide o texto em duas cores: uma pra realidade de Bastian e a outra pra o conteúdo que ele lê no livro. Então passamos a acompanhar a leitura de Bastian e suas reações e questionamentos.
A história sem fim conta a história de um mundo chamado Fantasia, um mundo repleto de seres mágicos e reinos fantásticos, é um mundo bastante diverso e sem fronteiras. O único ponto de referência e o que seria a região central de Fantasia é a Torre de Marfim, onde vive a Imperatriz Criança. Ela é a maior autoridade deste mundo, embora não tenha esse papel de imposição de autoridade aos povos de Fantasia. Mas todos os seres a respeitam e sabem sua importância para Fantasia: se a Imperatriz Criança morre, Fantasia morre junto. Nesse momento o mundo de Fantasia é assolado por uma força destruidora chamada de Nada, uma escuridão profunda que surge em vários pontos do mundo consumindo tudo e todos. Ao mesmo tempo, a Imperatriz está doente e não há nada que nenhum dos sábios e médicos de Fantasia possa fazer.
A única solução é enviar um escolhido pelo Aurin, o amuleto símbolo da Imperatriz, em uma jornada em busca de uma resposta para como salvar Fantasia, o encarregado dessa missão é um garoto chamado Atreiu, ele deve partir sem armas em direção às desconhecidas e vastas fronteiras de Fantasia.
Tem uma metáfora bem evidente aqui nesse livro, a Imperatriz Criança e Fantasia sao uma alusão a criança e o deslumbre pelas obras de fantasia, quando uma criança perde o interesse pela leitura os mundos de fantasia deixam de existir. Nesse sentido, acredito que o cenário de Fantasia funciona perfeitamente para um jogo de RPG, é possível até encarar Fantasia como um mundo universal, onde todas as histórias de fantasia convergem. A medida que eu lia, o pensamento que todo jogador de RPG deveria ler esse livro vinha na mente com frequência. Até surgiu a ideia de adaptar o "Jornadas através de Dominam" do Tarcísio Lucas para jogar aventuras em Fantasia, queria experimentar fazer isso em algum momento.
Fica aí a recomendação.
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