terça-feira, 18 de fevereiro de 2025

Passei um ano para ler a história sem fim e ela pareceu realmente ser sem fim


Imagem meramente ilustrativa: um coelho medieval armado com um revólver porque no mundo de Fantasia ele faria sentido.

Já devo ter comentado anteriormente que estava tentando (sem sucesso) retomar meus hábitos de leitura, ano passado comecei a ler A História sem Fim, aquele mesmo, do dragão cachorro.

Meu objetivo era: ler pelo menos um livro esse ano pra voltar a me considerar um leitor. Mas talvez tenha sido uma escolha amaldiçoada começar logo com um título desses. Só consegui terminar o livro em dezembro.

Não que o livro seja ruim, longe disso, mas tem sido difícil pra mim manter o interesse em uma atividade por um período mais longo, em algum momento se eu parar de dar atenção eu acabo deixando de lado. É um dos motivos também de eu ter me afastado das redes esse meu problema com foco.

Mas vamos falar da História sem Fim. O livro conta a história de Bastian, um garotinho que adora livros e leitura e que tem problemas com bullying na escola, seja por causa de outros alunos ou até professores que o diminuem por causa de sua aparência.

Fugindo de alguns Bullys, Bastian vai parar em uma livraria onde furta o livro entitulado A História sem Fim, nesse momento conturbado e tomado pela culpa, ele se esconde no sótão da escola e começa a ler o livro, fugindo da sua realidade que tem causado tanto desconforto.

O livro divide o texto em duas cores: uma pra realidade de Bastian e a outra pra o conteúdo que ele lê no livro. Então passamos a acompanhar a leitura de Bastian e suas reações e questionamentos.

A história sem fim conta a história de um mundo chamado Fantasia, um mundo repleto de seres mágicos e reinos fantásticos, é um mundo bastante diverso e sem fronteiras. O único ponto de referência e o que seria a região central de Fantasia é a Torre de Marfim, onde vive a Imperatriz Criança. Ela é a maior autoridade deste mundo, embora não tenha esse papel de imposição de autoridade aos povos de Fantasia. Mas todos os seres a respeitam e sabem sua importância para Fantasia: se a Imperatriz Criança morre, Fantasia morre junto. Nesse momento o mundo de Fantasia é assolado por uma força destruidora chamada de Nada, uma escuridão profunda que surge em vários pontos do mundo consumindo tudo e todos. Ao mesmo tempo, a Imperatriz está doente e não há nada que nenhum dos sábios e médicos de Fantasia possa fazer.

A única solução é enviar um escolhido pelo Aurin, o amuleto símbolo da Imperatriz, em uma jornada em busca de uma resposta para como salvar Fantasia, o encarregado dessa missão é um garoto chamado Atreiu, ele deve partir sem armas em direção às desconhecidas e vastas fronteiras de Fantasia.

Tem uma metáfora bem evidente aqui nesse livro, a Imperatriz Criança e Fantasia sao uma alusão a criança e o deslumbre pelas obras de fantasia, quando uma criança perde o interesse pela leitura os mundos de fantasia deixam de existir. Nesse sentido, acredito que o cenário de Fantasia funciona perfeitamente para um jogo de RPG, é possível até encarar Fantasia como um mundo universal, onde todas as histórias de fantasia convergem. A medida que eu lia, o pensamento que todo jogador de RPG deveria ler esse livro vinha na mente com frequência. Até surgiu a ideia de adaptar o "Jornadas através de Dominam" do Tarcísio Lucas para jogar aventuras em Fantasia, queria experimentar fazer isso em algum momento.

Fica aí a recomendação.

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