segunda-feira, 26 de abril de 2021

D&D da Grow Solo

Eu nunca joguei o D&D da Grow, mas lembro vagamente de ter visto ele nas lojas americanas nos anos 90, meu primeiro RPG foi o AD&D, joguei sem entender muito, mas lembro com muito carinho de como descobrir aquilo mudou minha vida pra sempre. O ser humano é um bicho criativo, eu sempre gostei de criar histórias, personagens e coisa e tal, o RPG me ajudou a nunca parar com isso. Algum tempo atrás quando eu descobri a OSR, graças ao Old Dragon (que embora muitos menosprezem a relevância , ainda tem o mérito de ter popularizado a OSR por aqui no Brasil e é uma alternativa nacional e mais acessível ao D&D do que a versão oficial), acabei encontrando um pdf do D&D da Grow e resolvi imprimir pra jogar com o pessoal, mas ninguém topou porque ele parecia ser muito letal. Mas agora que descobri o RPG Solo, finalmente pude jogar meu D&D da Grow!

Pra jogar eu usei as regras de geração de masmorra do Dungeon Master Guide do AD&D 1ed do Gary Gygax e as tabelas de encontro aleatório do próprio D&D da Grow. A aventura se baseava na exploração de uma dungeon conhecida como o Labirinto de Zoltan, que há muito tempo foi um feiticeiro maligno atormentou o reino e dizem que seu fantasma ainda habita a dungeon. Cada um dos personagens tinha suas motivações para explorar o lugar, geradas com palavras aleatórias retiradas do livro Forte das Terras Marginais (que eu pretendia usar pra jogar, mas decidi gerar a dungeon). 



A primeira expedição era formada por Zuzu, o mago, que ouviu que o Grimório Negro de Zoltan está em algum lugar da dungeon; Nina, a elfa, que tem pesadelos envolvendo um demônio que guiou ela até a dungeon, ela pretende destruir a criatura pra se livrar dos pesadelos; e Junio, o guerreiro, que quer fama, tesouro e glória. Os três se dirigem ao Labirinto de Zoltan equipados com tochas, óleo e água benta, pois há boatos de que há muitos mortos vivos e esqueletos no local. 
Explorando a masmorra, encontram uma pista  em alguns pergaminhos velhos de que possa haver um tapete mágico escondido em algum lugar; um poço mágico maligno e falante tenta matar Nina espirrando um líquido negro e ácido quando ela entra em uma das câmaras, mas ela consegue ter sucesso em sua jogada de de proteção contra baforada; um grupo de goblins estava realizando uma espécie de adoração a um totem feito de restos de esqueletos de humanos e animais, Junio ataca, o grupo consegue vencer os goblins, graças a magia Sono de Zuzu, mas Junio morre em um golpe certeiro de espada curta (ele tinha 5pvs, levou 6 de dano).


De volta a cidade o grupo recruta o anão Biu, um tremendo mercenário ganancioso, está interessado em encontrar tesouros no Labirinto de Zoltan e odeia orcs e goblins, como todo anão aventureiro. De volta a masmorra o grupo descobre conversando com um homem lagarto (rolei amistoso na tabela de reação) que o grimório de Zoltan é guardado por uma Salamandra de fogo em um dos níveis inferiores da masmorra. Biu acaba morrendo em uma armadilha de fosso.

O terceiro membro da expedição é Kona, o brabo, um guerreiro muito corajoso que quer livrar o reino de todo mal, odeia feiticeiros, mas aceitou participar da expedição mesmo sabendo que Zuzu e Nina são usuários de magia em nome da aventura. Com a ajuda de Kona o grupo chega ao segundo nível da dungeon, onde encontram uma coroa de ouro após enfrentar esqueletos, na sala da coroa, Nina encontra uma passagem secreta que dá para uma espécie de templo, com um altar de mármore e seis pilares. Lá eles encontram um ser cadavérico e que revelou ser o próprio feiticeiro Zoltan, ele usa seu feitiço de imobilizar pessoa e os nossos heróis tem suas vidas sugadas pelo vilão.

Apesar do triste fim, a aventura foi bem legal enquanto durou, tive interações muito legais no solo que na maioria das vezes não aconteceriam em uma mesa com jogadores com mentalidade de hack and slash, chutar portas, pegar o tesouro, matar os monstros. As regras de geração de masmorra do Gygax são muito boas embora exijam muitas consultas no livro, o que quebra um pouco o ritmo da aventura, mas nada muito grave. Gostei tanto de jogar que fui procurar uma caixa do D&D da Grow no Mercado Livre e já estou esperando a minha chegar pra solar a Dungeon de Zanzer!

6 comentários:

  1. Curti muito a ideia de jogar D&D Grow solo.

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    1. A própria dungeon de zanzer é bem solo já. Eu gosto de como o D&D da Grow é suficiente pro tipo de aventura que to querendo rodar. Tá sendo bem útil nessa pandemia.

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    2. Vou ver se consigo algo assim. Também estou doida pra jogar mais infelizmente não me adaptei ao online

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    3. Também não me adaptei muito bem, como jogador talvez, mas como mestre eu sinto que os jogadores estão fazendo outra coisa na internet sabe? A solução foi jogar solo.

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    4. Sei bem como é. Eu como jogadora também não deu lá muito certo. Fico dispersa por qualquer coisa.

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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