quinta-feira, 13 de julho de 2023

Criando um jogo utilizando inteligência artificial

Decidi experimentar essas tais inteligências artificiais de texto, embora eu tenha algumas ressalvas quanto a forma que elas serão utilizadas pelas grandes corporações e etc., elas ainda são ferramentas poderosas, MUITO PODEROSAS, pra auxiliar na escrita, e como eu não tenho dedicado tanto tempo assim para a escrita, quis experimentar usar uma pra criar um jogo de RPG solo. Na verdade, acabou virando mais um journaling game, um jogo de diário bem simples como vocês vão ver.

Eu tinha uma premissa, queria fazer um jogo sobre mini magos de marte inicialmente, mas depois pensei em um nome melhor e batizei esses seres de Miudin (miudinho). A premissa era a seguinte: 

Miudins são minúsculos seres mágicos que vivem em uma dimensão paralela a nossa onde tudo é possível, alguns dizem que eles vem do mundo dos sonhos, ou do mundo da imaginação, mas o fato é que eles existem e podem ser invocados para nossa realidade.

Neste pergaminho você terá todas as instruções para realizar o feitiço de invocação de um Miudin, assim como estabelecer um laço de comunicação com ele e acompanhá-lo na sua jornada.

Minha inspiração pra eles são de alguns jogos de video game que joguei recentemente e meio que me apaixonei pelo conceito de seres pequenininhos e esquisitinhos presentes neles: os alienzinhos vegetais de Pikmin, os seres esquisitos que vivem nas ondas de wi-fi de Denpa Men e o príncipe e seus primos em Katamari

Então usei o ChatGPT pra me ajudar a criar o jogo, o primeiro prompt foi com a premissa e pedidos de sugestões para criação se um jogo minimalista usando apenas d6. Inicialmente, o chat me deu dicas bem genéricas para estruturas de jogo já bem conhecidas pra quem é familiarizado com RPG. Então eu acrescentei outros elementos ao jogo, um diário e uma câmera, inspirado no magnífico Tiny Wanderer.

Basicamente eu fui dando as ideias e pedindo sugestões e junto com a ferramenta fomos criando um jogo aos poucos, é um processo bem interessante e gerou alguns resultados que curti bastante, mas nem todas as sugestões do chat foram adotadas, queria algo mais simples e minimalista pra testar mesmo.

Algo que percebi ser muito útil é a geração de tabelas, usei duas no jogo, uma de eventos, sugeridas pelo chat e uma de magias baseadas em cores, a ideia das cores foi minha mas deixei o chat criar as magias e o resultado foi bem legal.

Sem mais delongas, baixe o protótipo do jogo Diário dos Miudins abaixo. 

BAIXAR

Futuramente, pretendo aprimorar o jogo, fazer umas ilustrações e lançar uma versão definitiva. Sinta-se a vontade para testar o jogo se for do seu interesse.

segunda-feira, 16 de maio de 2022

Atualizações: tirando a poeira do blog

Saudações 1d4 leitores deste velho blog de RPG que já possui mais de 10 anos entre hiatos de meses ou anos, mas segue vivo e imprevisível. Hoje venho aqui trazer algumas atualizações do que ando aprontando relacionado a RPG, o que não é muita coisa pra falar a verdade. Entra ano e sai ano e eu continuo prometendo a mim mesmo que vou melhorar meus hábitos de leitura e escrita, mas com tantas distrações da vida moderna algumas coisas acabam ficando de lado, infelizmente. Tem muito a ver com que foco você tem naquele momento, então é bom aproveitar quando a vontade vem, e hoje, decidi escrever aqui um pouco pra tentar alimentar o hábito.

A verdade é que eu não jogo RPG já faz um tempo, tirando algumas partidas perdidas de RPG Solo aqui e ali, mas meu interesse pelo joguinho não terminou e venho desenvolvendo alguns micro jogos de uma página que ja compartilhei com vocês aqui anteriormente.

Meu último joguinho se chama Deidê Dagrow, em alusão ao D&D da Grow, o queridinho dos brasileiros da velha guarda, e foi uma revisão do Deidê Biéques, também uma brincadeira com o D&D B/X, outro favorito da turma da OSR. Ele é uma versão minimalista de uma página que usa apenas 1d6 para resolver todas as jogadas e usa uma mecânica similar aos jogos Powered by Apocalypse, com graus de sucesso e fracasso no resultado, mas bem simplificada. É um jogo bem simples e deixa muita coisa a cargo do mestre e dos jogadores. Mas a mecânica base base funciona bem ao meu ver e já foi testada e aprovada por algumas pessoas da comunidade do RPG Solo no facebook. 



Além disso coloquei ali no canto superior direito do blog o link para o meu itch (masmorrasemalucos.itch.io) onde pretendo postar meus joguinhos analógicos para download em português e inglês. E sim, eu ainda tenho outros projetos que pretendo trazer no futuro, alguns deles já apresentados aqui como o Dunja e o Bonecos Brabos, que pretendo fazer uma revisão nas regras.

Eu não sei se ainda vou jogar RPG tradicional em grupo como antes, não me adaptei muito ao jogo online e futuramente não sei dizer se terei um grupo regular pra jogar, então venho pesquisando bastante sobre RPG Solo e outras modalidades pra jogar sozinho como os Journaling Games, que são basicamente jogos de escrita. Penso em até fazer um desses um dia, quem sabe. No mais é só isso, obrigado pela atenção e até a próxima! :)

domingo, 22 de agosto de 2021

O dia em que a minha avó inventou o RPG

 Olá 1d4 leitores deste blog que se recusa a perecer em meio ao universo infinito em expansão de informações cada vez mais ininterruptas e inconstantes, hoje começo a postagem com essa citação da wikipedia:

"Pós-verdade é um neologismo que descreve a situação na qual, na hora de criar e modelar a opinião pública, os fatos objetivos têm menos influência que os apelos às emoções e às crenças pessoais."

Hoje o consumo de informação é tão assustadoramente grande que a gente mal para pra decodificar o que tá passando ali na nossa frente, nas telas dos nossos dispositivos tecnológicos de comunicação. O jornalismo já entendeu isso e aposta nas click-baits, os políticos já se sentem a vontade nesse contexto através da disseminação de fake-news pra criar sua própria versão da realidade. Enfim, tem se tornado cada vez mais raro o questionamento das informações que recebemos, tendo em vista que a gente precisa estar atualizado um pouquinho sobre tudo e o fluxo não para.

E se a informação tem todo um apelo emocional, ou ainda, se parte de alguém em quem confiamos, aí é que a coisa fica pior, a gente que mora aqui no Brasil cansou de ver alguma tia falar que "mas quem mandou essa mensagem foi fulana da família, que é de confiança". E quando é algo que a gente gostaria muito que fosse verdade então? Sai espalhando pra todo mundo o fato curioso ou a solução milagrosa de uma pandemia. Tem sido assim nos últimos anos na internet.

Sim dave, e o que isso tudo tem a ver com RPG e com a sua avó? Bom, recentemente eu me deparei com uma interação curiosa no grupo Solo RPG do Facebook, em que o Tarcísio Lucas trouxe uns manuscritos do Dostoievski e comparou com os registros de gameplay que costumamos fazer no RPG Solo e ainda brincou: "e se , Distoiesvski ainda jovem viajou no tempo até nossa época, conheceu o RPG solo, voltou pro passado, e escreveu tudo que escreveu a partir de jogatinas solo?" e em resposta, o Tiago Junges comentou: "acho que Dostoevsky que criou o RPG (como solo), e o Gygax que descobriu o manuscrito e plagiou.(E acabou estragando misturando com wargame)"

Então surgiu na minha cabeça uma ideia pra uma JAM, coisa que eu jamais teria iniciativa se não fosse a liberdade que sinto dentro do ambiente da comunidade do RPG Solo, que incentiva a criatividade e interação dos membros e já promoveu diversas JAMs com participação super ativa da galera. Batizei a JAM de O RPG ORIGINAL e propus o seguinte exercício de criatividade: criar um sistema e uma narrativa que justifique a origem do seu sistema como se ele fosse o RPG original. Utilizando técnicas de simular envelhecimento do papel (café, fogo nas bordas, etc), usar datilografia, o que preferir. Tudo que faça a gente acreditar que o seu sistema facilmente poderia ser o elo perdido do RPG.



Como exemplo, inventei uma narrativa de que, supostamente, minha avó teria criado um método de redação que se assemelha muito aos jogos de RPG e fiz no computador mesmo usando uma fonte cursiva e uma imagem de papel antigo, não chega a ser um sistema completo, mas a ideia da JAM é por aí. E então comecei a espalhar o "manuscrito da minha avó" em diversos lugares da internet, no twitter, em outros grupos de RPG do facebook, no reddit, em servers de RPG no discord...como se fosse verdade.







A repercussão do suposto manuscrito foi curiosa e me levou a refletir e escrever esse texto aqui. Claro, a ideia da JAM parte do princípio que a origem do RPG é meio incerta, o fato é que o D&D se originou nos anos 70 derivado de wargames e dos tais free kriegspiel, mas é difícil determinar com certeza se é ele o inventor da fórmula lúdico-narrativa que o jogo faz uso, há relatos de jogos estilo LARP que datam da União Soviética, 100 anos atrás. Então, o que impede, de uma professora do interior do Brasil ter criado um método de narrativa compartilhada para ensinar redação para os seus alunos? Paulo Freire poderia facilmente ter pensado em algo assim, concorda?

Um dos comentários mais curiosos que vi, foi de um rapaz da gringa dizendo que pretende usar o método da minha vó em sala de aula e pra mim isso já foi o suficiente pra brincadeira ter valido a pena. Isso e os jogos incríveis que o pessoal da comunidade do RPG Solo vai criar como se fossem o RPG ORIGINAL.

Pra quem não me conhece, sou assim.


Enfim, é uma brincadeira inofensiva, peço perdão a todos que ficaram felizes em descobrir que o RPG foi "inventado" por uma professora de literatura do interior, mas a realidade é que mais verossímil: minha vozinha, já falecida, era analfabeta, viveu sua vida no interor, de fato, mas não chegou a frequentar a escola, como boa parte dos seus conterrâneos em um contexto de seca no interior da Paraíba.

Mas fica aqui a reflexão, na era da pós-verdade todo dia é primeiro de abril.

Obs.: No momento que termino de escrever esse texto uma pessoa se manifestou no twitter desconfiada da fonte (que foi muito elogiada pelos desavisados como uma bela caligrafia). Mas meu amigo Ravi foi o primeiro a perceber que era falso e me mandou uma mensagem questionando.

A fonte da bela caligrafia é a RESPONDENT



sábado, 22 de maio de 2021

Rage of Rakasta Solo

Joguei a aventura Rise of Rakasta solo do D&D Basic, usando a classe Rakasta, que vem na aventura. Pra quem acha que o D&D tá virando "furry" só agora com as edições modernas, ta aí John Tiger para provar que raças não-tolkenianas sempre estiveram presente no D&D.

Na aventura, John Tiger e o anão Joel são enviados por um feiticeiro rakasta chamado Kaminari e pelo burgomestre Gustovan para investigar o castelo da Daimyo Kamaggi, que estaria preparada pra entrar em guerra contra os humanos de Torlynn e toda Thunder Rift.
No castelo, a dupla encontra uma pantera sinistra que parece não ir muito com a cara do anão, mas John Tiger consegue acalmar o bichano de grande porte, porém quando os dois vão explorar outra parte do castelo ela ataca e eles acabam ficando presos em um banheiro onde havia um zumbi! Encurralados, eles conseguem prender o zumbi embaixo de uma banheira e decidem abrir a porta pra fazer o zumbi lutar com a pantera mas o plano dá muito errado e John Tiger escapa da morte por pouco, deixando o pobre anão a própria sorte trancado no banheiro com um zumbi e uma pantera feroz.
Em seguida ele descobre em alguns papéis que na verdade o feiticeiro está por trás de algo sinistro nesse castelo, pois encontra alguns rakastas mortos e um ninja rakasta chamado Shimaru, guarda costas da Daimyo Kamaggi se alia a John Tiger para investigar o castelo. Eles a encontram aprisionada e ela diz que teve seu rosto copiado por uma criatura para trazer o caos e que era obra do feiticeiro Kaminari.
Shimaru pega a katana mágica do tesouro da daimyo e ambos vão enfrentar a tal criatura doppelganger, que fugiu de um espelho em um feitiço de Kaminari, ela parte para matar nosso heróis ao mesmo tempo que pretende matar o feiticeiro, mas acaba sendo derrotada pela lâmina da katana mágica.
No momento que a criatura é morta, John Tiger é transportado de volta para a presença de Kaminari, no castelo do burgomestre Gustovan. Lá John Tiger revela o plano sinistro de Kaminari que acaba assassinando nosso herói com um missil mágico certeiro e foge do castelo... um fim trágico, mas o mistério foi desvendado, descanse em paz heróis John Tiger e anão Joel.



segunda-feira, 26 de abril de 2021

D&D da Grow Solo

Eu nunca joguei o D&D da Grow, mas lembro vagamente de ter visto ele nas lojas americanas nos anos 90, meu primeiro RPG foi o AD&D, joguei sem entender muito, mas lembro com muito carinho de como descobrir aquilo mudou minha vida pra sempre. O ser humano é um bicho criativo, eu sempre gostei de criar histórias, personagens e coisa e tal, o RPG me ajudou a nunca parar com isso. Algum tempo atrás quando eu descobri a OSR, graças ao Old Dragon (que embora muitos menosprezem a relevância , ainda tem o mérito de ter popularizado a OSR por aqui no Brasil e é uma alternativa nacional e mais acessível ao D&D do que a versão oficial), acabei encontrando um pdf do D&D da Grow e resolvi imprimir pra jogar com o pessoal, mas ninguém topou porque ele parecia ser muito letal. Mas agora que descobri o RPG Solo, finalmente pude jogar meu D&D da Grow!

Pra jogar eu usei as regras de geração de masmorra do Dungeon Master Guide do AD&D 1ed do Gary Gygax e as tabelas de encontro aleatório do próprio D&D da Grow. A aventura se baseava na exploração de uma dungeon conhecida como o Labirinto de Zoltan, que há muito tempo foi um feiticeiro maligno atormentou o reino e dizem que seu fantasma ainda habita a dungeon. Cada um dos personagens tinha suas motivações para explorar o lugar, geradas com palavras aleatórias retiradas do livro Forte das Terras Marginais (que eu pretendia usar pra jogar, mas decidi gerar a dungeon). 



A primeira expedição era formada por Zuzu, o mago, que ouviu que o Grimório Negro de Zoltan está em algum lugar da dungeon; Nina, a elfa, que tem pesadelos envolvendo um demônio que guiou ela até a dungeon, ela pretende destruir a criatura pra se livrar dos pesadelos; e Junio, o guerreiro, que quer fama, tesouro e glória. Os três se dirigem ao Labirinto de Zoltan equipados com tochas, óleo e água benta, pois há boatos de que há muitos mortos vivos e esqueletos no local. 
Explorando a masmorra, encontram uma pista  em alguns pergaminhos velhos de que possa haver um tapete mágico escondido em algum lugar; um poço mágico maligno e falante tenta matar Nina espirrando um líquido negro e ácido quando ela entra em uma das câmaras, mas ela consegue ter sucesso em sua jogada de de proteção contra baforada; um grupo de goblins estava realizando uma espécie de adoração a um totem feito de restos de esqueletos de humanos e animais, Junio ataca, o grupo consegue vencer os goblins, graças a magia Sono de Zuzu, mas Junio morre em um golpe certeiro de espada curta (ele tinha 5pvs, levou 6 de dano).


De volta a cidade o grupo recruta o anão Biu, um tremendo mercenário ganancioso, está interessado em encontrar tesouros no Labirinto de Zoltan e odeia orcs e goblins, como todo anão aventureiro. De volta a masmorra o grupo descobre conversando com um homem lagarto (rolei amistoso na tabela de reação) que o grimório de Zoltan é guardado por uma Salamandra de fogo em um dos níveis inferiores da masmorra. Biu acaba morrendo em uma armadilha de fosso.

O terceiro membro da expedição é Kona, o brabo, um guerreiro muito corajoso que quer livrar o reino de todo mal, odeia feiticeiros, mas aceitou participar da expedição mesmo sabendo que Zuzu e Nina são usuários de magia em nome da aventura. Com a ajuda de Kona o grupo chega ao segundo nível da dungeon, onde encontram uma coroa de ouro após enfrentar esqueletos, na sala da coroa, Nina encontra uma passagem secreta que dá para uma espécie de templo, com um altar de mármore e seis pilares. Lá eles encontram um ser cadavérico e que revelou ser o próprio feiticeiro Zoltan, ele usa seu feitiço de imobilizar pessoa e os nossos heróis tem suas vidas sugadas pelo vilão.

Apesar do triste fim, a aventura foi bem legal enquanto durou, tive interações muito legais no solo que na maioria das vezes não aconteceriam em uma mesa com jogadores com mentalidade de hack and slash, chutar portas, pegar o tesouro, matar os monstros. As regras de geração de masmorra do Gygax são muito boas embora exijam muitas consultas no livro, o que quebra um pouco o ritmo da aventura, mas nada muito grave. Gostei tanto de jogar que fui procurar uma caixa do D&D da Grow no Mercado Livre e já estou esperando a minha chegar pra solar a Dungeon de Zanzer!

Hoard of the Dragon Queen - Episódio 2

Pra quem conhece Hoard of the Dragon Queen sabe que no episódio 2 da aventura o grupo vai até o acampamento dos invasores, é um acampamento bem grande, onde Leosin pode ser encontrado preso e torturado, é meio que uma missão stealth e tal. Na minha mesa eu preferi descartar essa parte e pular direto pra dungeon, além disso, usei outra dungeon pro jogo, usei a Tomb of the Serpent Kings uma masmorra muito legal, principalmente pra mestres iniciantes, mudei uma ou outra coisinha pra ela se tornar o esconderijo dos draconianos e na sala do tesouro coloquei os prisioneiros que foram capturados em Ninho Verde.

Pouco depois que os grupo saiu de Ninho Verde com o kobold Omut como guia, um pequeno acampamento no meio da estrada é avistado, com um draconiano e alguns kobolds planejando cozinhar (ou assar, estavam com dúvida) um garoto, nesse momento Omut corre em direção a eles para escapar dos aventureiros e acaba sendo aniquilado pelo grupo junto com seus aliados. O garoto revela a direção que o resto dos prisioneiros foram levados enquanto os kobolds escolheram parar para comê-lo, os aventureiros decidem levar ele de volta pra Ninho Verde antes de seguir o caminho apontado pelo garoto.

Deixando o menino em segurança os aventureiros chegam até o esconderijo dos draconianos, enfrentam alguns embriagados na entrada de uma caverna, que deveriam estar de guarda. Dentro da caverna os heróis se deparam com uma espécie de templo antigo, que talvez pertenceu a uma raça de répteis ou serpentes. Oshuj, o cavaleiro místico de Novaria, acaba caindo em várias armadilhas e coloca um anel amaldiçoado que transforma seu dedo em algo semelhante a cobra, com presas e tudo. Mais na frente, o grupo encontra o draconiano Indigus Furiazul, torturando Leozin, o meio-elfo. Uma dura batalha acontece com a vitória dos aventureiros. Leozin, libertado, revela que está a procura de sua irmã, que está sendo controlada pelo líder do Culto do Dragão, o feiticeiro Sammaster, que teoricamente havia morrido pelas mãos de um paladino de Lathander anos atrás após usar um feitiço para criar um Dragão Lich. Leozin revela que ele e sua irmã são harpistas, e tudo deu errado quando ela encontrou o Tomo do Dragão em uma de suas aventuras e agora está sob o feitiço de Sammaster e sendo usada para liderar os ataques às vilas e provavelmente é responsável pelo roubo dos ovos de dragão.

Esqueletos draconianos encontrados na tumba


Junto com Leozin, os aventureiros exploram as tumbas e encontram uma rede de cavernas onde vive uma tribo de kobolds, mas estranhamente há poucos lá. No geral, a masmorra toda tem menos kobolds e draconianos do que foram vistos no ataque a Ninho Verde. Enfim, eles encontram um local onde os prisioneiros estão sendo mantidos, mas a chave do lugar é guardada por um terrível basilisco. Graças a estratégia de Dora usando Mãos Mágicas, a chave é recuperada e o grupo resgata os prisioneiros e além disso, encontram os ovos de dragão. Um deles havia chocado e estava preso em uma gaiola, mas foi confundido com o familiar da feiticeira irmã de Leozin e foi fulminado por um ataque mágico de Torven. No local também é encontrado uma bola de cristal que é levada para Mãe Delamare.

O Basilisco


De volta a Ninho Verde, os prisioneiros reencontram seus familiares e amigos e o grupo é recebido com festividades, além de receberem a recompensa que estava reservada pela cabeça do Orc Cicatriz. Após os 3 dias prometidos, a dragoneza retorna a Ninho Verde para recuperar seus ovos, fica triste ao saber que um deles havia morrido (o grupo omitiu a informação de que foi morto por um deles, obviamente) e parte em silêncio.

Sem encontrar sua irmã, Leozin decide partir para o Forte da Vela para informar seus aliados harpistas sobre os acontecimentos de Ninho Verde e sobre a descoberta da bola de cristal: uma imagem de um rosto cadavérico foi revelada, provavelmente Sammaster retornou como um lich, o que é sinal de um problema muito grande para os Reinos. O grupo decide acompanhar Leozin em sua jornada.

A primeira parte da sessão termina aí, em linhas gerais foi isso o que aconteceu durante as sessões de exploração da masmorra. Decidi dar uma pausa da campanha por motivos de Big Brother Brasil (é difícil competir com o programa pela atenção dos jogadores quando a sessão acontece no mesmo horário). É isso aí, não sei quando vamos continuar, mas estou satisfeito com a conclusão da aventura.

quinta-feira, 1 de abril de 2021

Jogos analógicos de uma página

Em meio a pandemia o governo do estado em que eu vivo resolveu adiantar alguns feriados pra fazer as pessoas ficarem em casa e eu aproveitei a folga pra criar joguinhos! Eu não sei ao certo o que aconteceu, ou o que me inspirou a fazer tantos em sequência, mas o fato é que aconteceu e eu acabei criando 3 joguinhos bobos pra você passar o tempo. Pra jogar é muito fácil, você precisa de uma cópia do jogo, papel e um dado comum de 6 lados. Alguns deles não tem todas as informações necessárias ou sequer tem regras bem definidas, mas enfim, vamos a eles:


O primeiro deles eu batizei de DEIDÊ SOLO e é inspirado no D&D da grow, com raças como classes, as regras estão um pouco confusas mas faz parte do processo criar jogos bugados também, além do mais a ideia desse jogo é você também criar suas regras e situações, é um mini RPG, você explora a masmorra e pode sair ou muito rico, ou morto ou ir parar em outra dimensão, você quem decide o que acontece de verdade. É um jogo mais livre.


O próximo é o Castelo do Rei Caveira, um joguinho de tabuleiro simples e que foi muito divertido de construir, mas sei que pode ser confuso também, não fica claro no jogo que você pode ir e voltar pelas casas do tabuleiro heheh, mas enfim, ele é bem curto e talvez funcionasse melhor em uma folha A3 com um castelo maior.No jogo você é um cavaleiro explorando o castelo do Rei Caveira em busca da Espada Mágica (que é bem difícil de pegar). Meu recorde nele foi de 7 moedas de ouro e consegui pegar a espada com apenas um coração restante!


O último e também o meu favorito, é o NFTVII inspirado no famoso RPG de PS1 Final Fantasy VII e nas polêmicas envolvendo criptomoedas. Nele você controla um grupo de ativistas que pretendem sabotar as 6 minas de criptomoedas de uma corporação mesquinha. É como um RPG de video game, você começa na mina 1 e termina na 6, usando a loja nos intervalos. Cada personagem tem sua vez de atacar ou usar o item, eu achei o mais divertido, mas também é curto.

Os dois últimos jogos (o primeiro foi mais um teste do que um jogo propriamente dito) estão disponíveis em outras línguas no meu itch: https://masmorrasemalucos.itch.io Espero que gostem!