segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Campanha de Old Dragon - Mapeando

Como foi visto no último reporte, nós conversamos bastante sobre alguns detalhes do cenário, como o continente de origem dos homens que fica além do oceano, a Zoropa. Pensei então que seria interessante começar a planejar alguns detalhes das localidades próximas ao Forte de Santa Terezinha, além da região que é explorada na aventura. Levando em conta que os personagens já possuem um conhecimento superficial da Zoropa, nada mais justo que eles possuam também um pouco de conhecimento da região em que vivem.
Montei um mapa de rascunho da região, contendo algumas vilas e florestas, incluindo localidades já citadas durante a campanha (algumas delas pelos próprios jogadores), todos os nomes usados são de bairros da cidade onde moramos, para ficar mais familiar para todos. Não é o mapa final  da região, fiz o mapa pra ter uma noção de como seria a parte mais populosa dos arredores do Forte.

Mapa preliminar da região próxima ao Forte de Santa Terezinha.
Como eu já havia dito em outro post, nosso cenário é vagamente inspirado no Brasil colonial, logo, a região ao qual o Forte pertence faz parte de uma "capitania" (ainda não me decidi se esse será o termo que irei utilizar, aceito sugestões), pertencente ao Dom Manuel Inácio, popularmente conhecido como Dom Inácio, ou ainda "Mané Inácio". A Capitania de Santa Terezinha, como foi chamada, foi doada a Dom Inácio pelo próprio regente do reino de Portoga, Dom Luso Gomes da Costa de Camões Magalhães XVIII, assim como o título de Dom e total autoridade sobre todos que vivem na capitania, além da tarefe de explorar e colonizar a região. Dom Inácio vive em seu belo e imponente Castelo Branco, construído com o auxílio de exímios engenheiros e pedreiros anões, utilizando um mineral raro e de coloração alva.
A região está muito vazia ainda, como podem notar pelo mapa, ainda pretendo detalhar melhor a região e fazer uma versão melhorada desse mapa (nada é definitivo, provavelmente a geografia irá mudar drasticamente). Futuramente trarei também as descrições de cada localidade, por enquanto só tenho os nomes dos locais e uma vaga ideia do que contém neles. Por exemplo, a Ilha do Bispo é onde fica um monastério e os clérigos são ordenados; Monsenhor Magno é uma pequena vila dentro do território dos elfos, com o objetivo de abrigar uma missão para convertê-los, e local de origem de alguns personagens da nossa campanha.
Ah, também criei um escudo pra representar a capitania, não ficou lá essas coisas, mas até que gostei (risos), tentei usar alguns elementos comuns aqui do nosso Estado pra representar a  Capitania de Santa Terezinha, espero que tenham gostado das novidades.

terça-feira, 19 de novembro de 2013

Campanha de Old Dragon - Parte 8

Após um bom tempo sem jogar, tivemos uma sessão curta e a introdução surpresa de um novo jogador.
De volta ao Forte de Santa Terezinha os aventureiros tem uma agradável surpresa ao pedir auxílio no templo, eles são muito bem recebidos pelo padre Tavares, que veio para substituir o padre Eudes, que agora reside na Ilha do Bispo. Todos gostaram do padre Tavares, que é bem mais carismático que seu antecessor, seu lema é "Tudo vale desde que se tenha Deus no coração". Depois de uma boa e divertida refeição no templo, os aventureiros recuperados e prontos para a aventura conhecem um novo companheiro: Marlindo, o "pirata" (humano, homem-de-armas, caótico, ex-caçador), que veio ao Forte em busca de aventura, fama, riqueza e glória. 
Juntos eles se dirigem ao bosque amaldiçoado para tentar mais uma vez encontrar e capturar as bruxas elfas negras. E nas imediações do bosques conhecem o caçador Antônio e seu cão farejador Filé, que estavam atrás de uma onça que fugiu para o bosque. Antônio alerta os aventureiros sobre os perigos do local amaldiçoado, como a existência de uma tenebrosa criatura que ali vive. Um ser conhecido por capturar crianças na Zoropa, o famigerado Troll, que acredita-se ser o sétimo filho de um sétimo filho. Nenhum aventureiro havia ouvido falar da criatura, tendo o confundido com um Lobisomem, que é o oitavo filho depois de sete irmãs. Antônio também os alerta sobre a existência de várias trilhas que percorrem o bosque, tento encontrado quatro saídas ao redor do mesmo. Cientes dos perigos adiante, os aventureiros agradecem a Antônio e entram no bosque mais uma vez.
Infelizmente, o falastrão Marlindo acaba atraindo a atenção de vários zumbis, o que obrigou os aventureiros recuar mais uma vez ao Forte de Santa Terezinha para recuperar os feridos. Mais uma vez eles pedem auxílio no templo, e mais uma vez são bem recebidos pelo padre Tavares, que conta algumas histórias sobre o tal Troll aos aventureiros. Após ouvir várias histórias das lendas da Zoropa, os aventureiros (alguns deles alcoolizados) vão dormir na estalagem, onde Jimiel tenta dormir sem pagar e é obrigado a dormir na rua, sendo puxado pelas orelhas pelo anão João.
Cardápio do dia: galeto, arroz de leite, buchada de bode, feijão com charque, pirão e cachaça.

Apesar de não terem progredido tanto na sua missão, foi uma sessão muito divertida, onde foram apresentadas algumas informações importantes sobre o continente de origem dos homens, a Zoropa.

Verme Abominável do Espaço Sideral

Verme Abominável do Espaço Sideral [Ascaris Lumbricoixodoraz]

Imenso e Caótico ♦ Subterrâneo
BÁSICO                                                                                  
Encontros 1d6
Prêmios 50%
XP 450
Movimento 6 metros/ 12 metros(no subterrâneo)
Moral 70%

For 18 Con 12 Cie 0
Des 18 Int  8     Com 0

COMBATE                                                                              
CP 15
JP 15
DV 6(36/54) 
Ataques:
  • 1 mordida+9 (3d6+4+ácido)
  • 2d4 tentaculoides+ 6 (1d4+2+veneno)

O Verme Abominável do Espaço Sideral é uma criatura abissal que habita o subterrâneo dos mais longínquos planetas da galáxia. Embaixo da terra, ele cava extensos túneis em busca de suas presas. É uma criatura insaciável e está sempre com fome. Algumas raças alienígenas primitivas os veneram como deuses, alimentando-os com sacrifícios de outras raças alienígenas.  

Habilidades Especiais 

  • Tentaculoidesa imensa bocada do Verme Abominável é repleta de tentáculos dotados de dentes afiados e venenosos, que são usados para prender e paralisar suas presas enquanto a criatura as devora. Ao realizar um ataque bem sucedido com mordida, o Verme Abominável pode usar seus tentaculoides para prender sua vítima, que deverá fazer uma jogada de proteção modificada pela Destreza para evitar ser enredada. Caso contrário, deverá fazer um teste resistido de Força para se soltar ou pode tentar cortar os tentaculoides, que possuem 5PVs cada. Enquanto a vítima está presa, os tentaculoides devoram seu corpo com mordidas venenosas. 
  • Veneno: uma criatura ferida pelas mordidas dos tentaculoides do Verme Abominável deve realizar  uma jogada de proteção modificada pela Constituição para não ficar paralisada. 
  • Ácido: uma criatura mordida pela bocarra do Verme Abominável sofre os efeitos de sua saliva ácida, recebendo 1d6 de dano adicional por ácido.

Utilidades: Se capturado com vida, o Verme Abominável pode valer um bom dinheiro no mercado negro. Colecionadores, donos de arenas de gladiadores e líderes de cartéis criminosos costumam pagar muito bem para ter uma criatura dessas em sua coleção. Seus ovos também podem ser vendidos por um preço mais baixo, já que capturar a criatura com vida não é uma tarefa fácil.

Ecologia: O Verme Abominável é uma criatura assexuada e se reproduz através de ovos extremamente resistentes, seus filhotes rompem a casta através do ácido de sua saliva. Como já foi dito, o Verme Abominável é uma criatura subterrânea que escava longos túneis de vários quilômetros de extensão e profundidade.

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Campanha de Old Dragon - Parte 7

Vimos, no último reporte, que os aventureiros quase causaram sua própria aniquilação ao atacar um poderoso guerreiro sem fazer perguntas. Com sorte, dois deles conseguiram sobreviver, Josebias e Leonaldo, que não foram mortos graças a interferência de Jimiel, que conseguiu acalmar o guerreiro e prometer que tudo seria resolvido em breve, sendo assim, os dois voltam ao forte levando consigo os aventureiros desacordados.
Chegando ao forte, os aventureiros são deixados aos cuidados do templo enquanto Jimiel e o guerreiro vão ao encontro do Major Antônio Morais. E diante do major, Jimiel fica sabendo que o guerreiro chama-se Nelson, um grande aventureiro das terras marginais, e também um velho conhecido do major, tendo inclusive salvo sua vida uma vez. Nelson conta que havia capturado as bruxas elfas negras com muito sacrifício, e estava levando-as ao para terem seu julgamento quando foi atacado pelos aventureiros malucos, e infelizmente as bruxas agora estão foragidas no bosque amaldiçoado. Foi decidido, então, que os aventureiros sobreviventes e responsáveis pelo incidente, ficam encarregados de recapturar as bruxas e traze-las ao forte, caso contrário, o Major Antônio Morais permite que Nelson arranque o couro dos que se recusarem a cumprir sua sentença.
Enquanto isso,  os elfos da Mata do Ipê, ansiosos pela falta de notícias de Josebias e Jimiel, decidem enviar dois representantes para ajudá-los na sua jornada na região do forte de Santa Terezinha. São eles Alex, clérigo humano ordeiro, e Tiael, elfo de armas caótico (novos personagens dos jogadores de Robertinho e Tião, respectivamente).  Os dois chegam ao forte no momento em que foi comunicada a nova missão de Josebias e Leonaldo, e acabam se juntando a eles na aventura.
Após a apresentação dos novos companheiros, os aventureiros se aprontam, preparam os equipamentos e partem novamente rumo ao bosque amaldiçoado, dessa vez com a missão de encontrar e capturar as bruxas elfas negras. 
Extremamente atentos, os aventureiros adentram a escuridão do bosque (mesmo em plena luz do dia o bosque apresenta uma escuridão sinistra) munidos de suas tochas. Eles caminham por uma trilha estreita, em fila indiana, até uma bifurcação, onde Leonaldo vê um brilho nos olhos de crânio no chão, Josebias e Alex o alertam sobre os perigos de tocar no crânio, mas Leonaldo acaba descobrindo uma jóia em seu interior. 
Após isso, os aventureiros decidem prosseguir pela esquerda, onde o caminho se alarga um pouco mais, porém, há muitas teias de aranha cobrindo praticamente toda a extensão dos galhos das árvores, acima de suas cabeças. Acidentalmente, Alex acaba queimando um pouco da teia com sua tocha, e uma enorme quantidade de pequenas aranhas cai sobre sua cabeça, assustado, ele corre sem rumo e acaba caindo mais a frente, em um local mais fundo. Seus companheiros vão em seu socorro, e descobrem que ele escorregou em uma encosta.
Lá em baixo, os aventureiros se vêm em uma espécie de charco no meio bosque, onde encontram alguns casulos enormes, envoltos em teia de aranha. Eles deduzem que pode haver alguém preso em um desses casulos, e decidem abrí-los, mas são interrompidos por uma aranha negra gigante e outras menores, que os atacam.
Um encontro com aranhas monstruosas no bosque amaldiçoado!
A batalha foi árdua, mas conseguiram vencer a criatura monstruosa, infelizmente Tiael e Josebias haviam sido picados pela aranha e os aventureiros decidem recuar de volta ao forte, mas ao sair do bosque, já era noite, o que era muito estranho, pois passaram pouco tempo lá dentro. No caminho de volta, perdidos na escuridão da noite, os aventureiros acabam encontrando uma estranha cratera, eles pensam o que teria sido responsável por tal abertura na terra, o que seria? 
Com um pouco de dificuldade, pois estavam carregando seus companheiros desacordados, os aventureiros acabam chegando ao forte para descansar para a próxima aventura.

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Campanha de Old Dragon - Halflings

Quem já acompanha o blog a algum tempo, deve recordar que comecei a criar junto com os jogadores um cenário para a nossa campanha de Old Dragon a partir do Forte das Terras Marginais. Eu cheguei a falar um pouco sobre ele de um modo mais geral neste post. Naquela ocasião foi questionado pelo Rafael Beltrame nos comentários sobre o papel dos halflings no nosso cenário, naquela hora eu não tinha pensado como teria sido a origem deles, ou seu modo de enxergar o mundo, etc. Eu só sabia que os halflings já eram conhecidos dos homens desde o seu continente de origem, e teriam vindo junto com os homens para o "Novo Mundo" devidamente domesticados. Sendo assim, o objetivo dessa postagem será explicar, de modo geral, como são os halflings do cenário da nossa campanha de OD.
Sabemos que os homens tentaram impor seu modo de vida "civilizado" aos elfos logo nos primeiros contatos com a raça recém descoberta, porém, os elfos não aceitaram ter sua cultura menosprezada e taxada de primitiva por seres tão medíocres e expulsaram os homens de suas florestas. Os homens então recuaram, mas não desistiram, como vimos nos reportes da campanha, ainda existem clérigos no territorio élfico que tentam converter os elfos pacificamente. Claro que tudo isso só é possível porque os elfos assim permitem, como uma maneira de conhecer a cultura dos homens talvez, mas ignorar séculos de sua própria cultura, jamais.
Logo, o comportamento dos homens não teria sido diferente com outras raças "primitivas". Os elfos não permitiram esse enxerimento, pois sabiam se defender dos homens muito bem, possuem um vasto conhecimento de magias e pactos com todas criaturas da floresta, o que fez com que os homens achassem melhor adotar uma postura mais pacífica. Mas e os elfos não fossem capazes de deter os homens, o que teria acontecido? Provavelmente a mesma coisa que houve com os halflings.
Bem antes de cruzar o oceano, os homens já haviam tido contato com os humanoides diminutos conhecidos como halflings, e assim como ocorreu com os elfos, os homens também julgaram os halflings como criaturas primitivas e impuseram seu modo de vida aos pequeninos. Infelizmente, ao contrário dos elfos, os halflings não eram capazes de se defender tão bem, sendo assim, foram totalmente subjugados pelos homens. Muitos foram mortos e escravizados, fazendo com que boa parte dos haflings se convertessem a cultura dos homens. Hoje, os halflings são meros serviçais dos homens, trabalhando em suas fazendas, em suas ruas e suas casas. Os halflings, outrora livres, agora vivem presos em uma sociedade que os vê como cidadãos de segunda categoria, para não ser pessimista. 
Mas o trabalho dos homens em domesticar os halflings não teria sido completo se eles próprios não estivessem satisfeitos com sua situação, sendo assim, foi papel dos clérigos doutrinar os pequenos a aceitar sua condição inferior dentro da sociedade como algo inquestionável. O próprio termo "halfling" é um termo pejorativo criado pelos homens, e significa "metade de algo", sendo que os halflings dentro do mundo civilizado dos homens sequer tem metade dos direitos dos outros cidadãos livres. 
Originalmente, os "halflings" eram uma raça dividida em várias tribos nômades que viajavam pelas savanas, como eram pequenos e vulneráveis, mudavam-se para outra região sempre que surgia um predador muito poderoso na área. Frequentemente disputavam por território contra goblins e kobolds. Seu modo de vida era bastante primitivo, baseado na caça, pesca e coleta. São muito habilidosos para trabalhos manuais, sendo notória a confecção de máscaras de argila utilizadas para guerrear e expulsar maus espíritos, além de outros objetos de cerâmica. 
Uma dupla de guerreiros halflings caçando nas savanas.

Ainda hoje, podem ser encontradas tribos de halflings vagando pelas savanas, fugindo de caçadores, que os querem vender como escravos para outras raças, incluindo anões e orcs. Após tudo isso, o comportamento dos halflings selvagens tornou-se muito mais agressivo, surgindo vários boatos de que seriam, inclusive, canibais e devoradores de homens.
Bom pessoal, é basicamente isso, se gostaram por favor digam nos comentários (e se não gostaram também). A propósito, os halflings do cenário são claramente inspirados nos halflings de Dark Sun e nos pigmeus do nosso mundo, que inclusive, já foram adaptados como raça de Old Dragon pelo Igor Moreno.

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Campanha de Old Dragon - Um breve resumo

Sei que alguns leitores aqui do blog estão um pouco perdidos com a quantidade de personagens que entram e saem da nossa campanha de Old Dragon,  então preparei essa pequena recapitulação dos aventureiros que já se foram até agora. 
Pela quantidade de gente que já morreu, dá pra ter noção de como a região é perigosa (pelo menos para personagens de nível 1), imaginem então quando começarmos a jogar a Cripta do Terror!
Clique na imagem para ampliar.

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Campanha de Old Dragon - Parte 6

Dando continuidade ao último relato da nossa campanha de Old Dragon no Forte das Terras Marginais, vimos que os aventureiros estavam com a moral bem alta com a chegada de dois novos companheiros: o ladrão Robertinho e o homem de armas Leonaldo. Após um breve encontro com uma oferenda ao Capiroto, sucedeu-se então, um encontro inusitado, que acabou tendo um fim trágico, como veremos a seguir.
Seguindo a estrada rumo a ponte que cruza o rio ao norte do forte, os aventureiros estavam preparados para seu encontro com o ogro malfeitor que usava a ponte como pedágio, ameaçando a vida de todos que tentavam cruzá-la sem pagar. Porém, no caminho acabaram encontrando uma carruagem que vinha na direção oposta, ou seja, da ponte. 
Estranhamente desconfiados eles iniciaram uma abordagem, enquanto Robertinho se esgueirava para tentar visualizar, pela parte de trás, o conteúdo da carruagem. Logo a frente, uma mulher trajando um manto guiava o cavalo, e ao seu lado, um forte guerreiro negro portando um montante ia de encontro aos aventureiros. Estes perguntaram ao homem como haviam passado pelo ogro, e ele respondeu que havia pago uma quantia em ouro a criatura.

Tião Magrela tentando intimidar o poderoso guerreiro.
Os aventureiros acharam aquilo tudo muito estranho, e começaram a achar que se tratavam de uma dupla de bandidos. Para piorar a situação, Robertinho conseguiu visualizar quatro mulheres semi-nuas e amarradas na parte de trás da carruagem. Ao descobrir isso, deduziram que se tratavam de comerciantes de escravos e, dominados pela histeria, decidiram atacar. 
Diante da ameaça do grupo, a mulher revelou ser uma maga ao lançar uma grande teia mágica que atrapalhou os movimentos dos aventureiros, enquanto seu companheiro era impedido de prosseguir graças a magia Comando lançada por Josebias. Mesmo assim, a mulher partiu com a carruagem, abandonando seu companheiro a mercê dos aventureiros, que dispararam setas e flechas em sua direção, atingindo em cheio o cavalo e sua guia, fazendo a carruagem tombar.
Quando a carruagem foi ao chão, as mulheres aproveitaram para escapar, revelando ser elfas negras, e não mulheres, para a surpresa dos aventureiros e para a fúria do guerreiro negro, que acabou se libertando do efeito da magia de Josebias. Tomado pela ira, ele apanha uma tocha e decide queimar a teia na tentativa se assassinar os aventureiros, que disparam flechas e setas em seu corpo, mas o homem parecia ignorar a dor.
Cercados pelas chamas, os heróis tentaram se libertar da teia em vão, enquanto o guerreiro furioso partia para seu encontro com a espada em punho. 
Como podem ver, o caos tomou conta daquele encontro, resultando na morte de Robertinho e Tião Magrela, e por pouco não morreram também Josebias e Leonaldo, que caíram inconscientes derrotados pelo guerreiro negro. Mais tarde, ao despertar, os aventureiros sobreviventes descobriram como saíram vivos e com quem haviam se metido, mas isso fica para o nosso próximo encontro. Até lá.

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Campanha de Old Dragon - Parte 5

Depois de alguns meses sem jogar, finalmente demos continuidade a nossa campanha de Old Dragon no Forte das Terras Marginais, com a chegada de dois novos jogadores! Nosso grupo agora tem quatro jogadores!! Mas isso não quer dizer que as chances de sobrevivência aumentaram, é claro, tudo vai depender das escolhas dos jogadores, e de sua habilidade de se livrar de situações difíceis.
Sem mais delongas, vamos apresentando os novos personagens: Leonaldo Silveira (humano homem de armas caótico, ex-lenhador) e Robertinho (humano ladrão, ex-marinheiro), chegaram recentemente ao Forte de Santa Terezinha interessados nas 100 moedas de ouro oferecidas pelo major Antônio Morais, e se juntam aos clérigos Tião Magrela e Josebias Batista na empreitada.
Eles acabam decidindo investigar a região em busca de pistas sobre o grupo de bandidos que atua nos arredores do forte, incluindo o ogro que tem um "pedágio" na ponte ao norte. Eles acabam encontrando um grupo suspeito rondando a estrada próxima a ponte, e uma abordagem nem um pouco amigável dá início a uma luta terrível, nenhum dos meliantes saiu vivo. Cansados e feridos, os aventureiros decidem voltar ao forte para se preparar para enfrentar o ogro da ponte.
Refazendo o percurso do dia anterior, acabam passando pelo local da luta contra os bandidos, porém, não havia mais nenhum sinal dos corpos que foram deixados à beira da estrada. No entanto, Leonaldo e Robertinho notam uma espécie de oferenda próxima a estrada: duas velas pretas, um crânio, uma vasilha  de argila com sangue e uma garrafa de cachaça. Desavisado, Leonaldo apanha a garrafa com a intenção de beber seu conteúdo, mas é impedido por Josebias, que o alerta sobre o perigo de contrair uma maldição por roubar a oferenda do Coisa-Ruim.

Josebias dando conselhos a Leonaldo sobre as armadilhas do Diabo.

Tião e Josebias acabam associando a oferenda e o desaparecimento dos corpos aos zumbis que perambulam pelo bosque amaldiçoado, não muito longe dali. Provavelmente um grupo de cultistas malignos atuam no local e fizeram a oferenda como agradecimento pela "matéria prima" encontrada, segundo os clérigos.
Mal sabiam eles que o encontro inesperado com o profano pode ter significado um mal presságio para o que viria a seguir...

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Campanha de Old Dragon - Parte 4

Com a chegada de Tião Magrela ao grupo, os heróis decidem investigar o desaparecimento de um dos mercadores da região, que devia ter chegado ao Forte de Santa Terezinha a alguns dias. Reunindo algumas informações com outros viajantes e mercadores de repouso no forte, os personagens descobrem que uma carroça fora vista dias atrás próximo ao bosque, a leste do forte. Alguns rumores dizem que o bosque é amaldiçoado, então os jogadores se preveniram contratando três ajudantes combatentes: Pedro, Paulo e Jonas Batista.
Os seis aventureiros partiram então rumo ao famigerado bosque, procurando pistas da tal carroça. Mesmo com o tempo nublado e com chuva, a carroça fora encontrada, mas não havia ninguém lá, nem mesmo o cavalo. Exceto uma mulher em pé, paralisada, que observava os aventureiros de longe. Josebias aproximou-se da donzela perguntando se ela era dona da carroça ou se sabia o que havia acontecido, mas a mulher não respondeu. Ele se aproximou mais um pouco e a mulher revelou sua face cadavérica, um zumbi! 
Sem hesitar, ele brandiu sua maça e gritou: "Cai por terra satanás!" convocando os poderes da fé, ele expulsou a criatura, que fugiu rumo ao bosque. Os aventureiros, por sua vez, deduziram que o mercador poderia ter fugido para o bosque, provavelmente após ter sido atacado por zumbis. Logo na entrada do bosque, porém, jazia o cavalo desaparecido, devorado e dilacerado. Com mais essa pista, os aventureiros adentram o bosque escuro e de difícil locomoção, onde são obrigados a andar em fila
Tião Magrela, Pedro e Josebias Batista no bosque amaldiçoado.
Não demora muito para os aventureiros sentirem-se oprimidos dentro do bosque, a atmosfera do local os deixam inquietos, vendo vultos e ouvindo gemidos, mal sabiam eles que haviam sido cercados por zumbis, sete deles. 
Tião Magrela tenta expulsá-los com sua fé, mas fracassa. Durante a luta contra as temíveis criaturas, quase todos são mordidos, mas conseguem dar conta da ameaça, e decidem voltar ao forte para se recuperar dos ferimentos sinistros (Tião Magrela teve seus 7 pontos de CON reduzidos a 2 devido ao dreno de atributo decorrente da mordida do zumbi).
Enquanto Tião se recupera de seus ferimentos, Josebias e o elfo Jimiel conseguem um serviço de escoltar um mercador até uma vila próxima, ao sul. Porém, durante a viagem, Josebias é convidado por um dos mercenários que estão ajudando na escolta a participar de um plano de roubar a mercadoria e assassinar o mercador. Caso ele recusasse, seria morto. 
Josebias finge estar com diarréia devido a um rubacão que havia comido na taverna, tentando atrasar a viagem enquanto pensa em um plano. Os marginais acabam percebendo a farsa e decidem assassinar o clérigo durante o sono, mas é salvo por Jimiel, que havia se escondido nas sombras e arremessa uma adaga nas costas do assassino. Josebias desperta e decide acabar com o plano dos bandidos. Com um pouco de sorte ele acaba eliminando os meliantes. O mercador agradece e decide voltar ao forte para alertar ao Major sobre o ocorrido. 

Continua...

quinta-feira, 6 de junho de 2013

A Lança de Fondir

A postagem de hoje é minha contribuição para a Ciranda de Blogs do mês de junho, que tem como tema: queijo.
Dentre os incontáveis mistérios existentes neste mundo, um dos mais intrigantes é o que cerca a lenda da Lança de Fondir. Sabe-se que é um artefato lendário de procedência divina e que ficou popularmente conhecido graças aos feitos do elfo aventureiro chamado Fondir, o fabuloso. Antes de entrar em detalhes em torno da fama do item mágico em questão, vejamos o seguinte relato que, supostamente, conta a gênese da famigerada lança:  
"Segundo as lendas antigas da tribo dos homens-rato do Pântano Apodrecido, na escuridão das terras de Mongollor, onde o sol não bate,  uma arma com poderes incompreensíveis e nunca antes imaginados por seres normais mortais fora criada pelas mãos do temível deus-rato Uri Bagg Boca-de-Lobo. Diz a lenda que durante a guerra contra os seres felinos das Trevas Ardentes liderados pelo deus-gato  Onach Ybb, o execrável, o povo-rato sofria severas baixas devido ao cerco montado ao redor das saídas da cidade subterrânea conhecida como Queijopolis. Muitas fêmeas e filhotes morreram de fome naquela ocasião, tudo parecia perdido até que Uri Bagg atendeu as súplicas desesperadas de seus fiéis filhos, surgindo no campo de batalha empunhando uma magnífica lança dourada nas mãos. Conta-se que, em questão de minutos, centenas de soldados do exército inimigo foram mortos pelo poder da lança, que era capaz de transformar seus adversários em queijo derretido! Ao se deparar com a cena inacreditável que estava diante de seus olhos, os habitantes de Queijopolis partiram para o campo de batalha com ímpeto feroz e moral restaurada. Uri Bagg Boca-de-Lobo havia criado uma arma santa capaz de combater os inimigos e saciar a fome de seu povo." (Trecho extraído da obra 'Etnografia dos seres antropozoomórficos', de Sir Eaglemore, antropozoólogo viajante e ex-aventureiro.)
A lança citada no relato tem muito em comum com a lança usada pelo aventureiro Fondir, que ganhou fama durante a praga de ratos que assolou a cidade de Égout durante o reinado de Moorth Aab. Os bardos contam que o rei já havia oferecido mais de uma dezena de centenas de moedas de ouro para o herói capaz de livrar a cidade da praga de ratos, mas nenhum aventureiro, dentre centenas de candidatos, havia sido capaz de expulsar os animais da cidade com êxito. Quando o rei Moorth Aab entrou em desespero e já estava desistindo de sua coroa, surgiu diante de seu trono um jovem elfo empunhando uma lança dourada, que se apresentou como Fondue, o fabuloso, e dizia ser capaz de expulsar todos os ratos do reino se o rei lhe prometesse a mão de sua filha, a bela princesa Kirsch Cereja Negra, em casamento. Desesperado, o rei aceitou a oferta do confiante aventureiro. 
Assim, o elfo se dirigiu ao centro da cidade Égout e, utilizando o poder mágico da lança, penetrou-a  em um bueiro e um forte e repugnante odor de queijo misturado a dejetos urbanos espalhou-se pelo local. Testemunhas afirmam ter visto a lança disparar uma forte rajada de queijo derretido e fumegante dentro do esgoto, e em questão de minutos, foram atraídos para o local todos os ratos da cidade. Fondir, como passou a ser conhecido, usou o poder da lança mágica para atrair os ratos até o Rio Parttaar, onde morreram afogados. 
A veracidade desta história, porém, é questionável. Segundo os anões das montanhas de Hammerlin, o dono original da lança chamava-se Von Dir e era um anão. Contam os anões que, o elfo Fondir realmente existiu e na verdade, tratava-se de um bardo que teria distorcido a verdadeira história para ganhar crédito pelos feitos do nobre anão, aproveitando-se da semelhança de seus nomes.
Atualmente, ambos os relatos são tidos como folclore e não se tem notícia do paradeiro da tal lança de Fondir e muito menos se ela seria o mesmo artefato visto no mito dos homens-rato que, por sua vez, alegam que o item está guardado na tumba perdida de Uri Bagg Boca-de-Lobo, nas profundezas das ruínas de Queijopolis.
Uri Bagg Boca-de-Lobo empunhando sua lança dourada.
A Lança de Fondir

Tendência: Caótico
Tamanho: M
Dano: 1d8+5
Alcance: 3/6/9
Iniciativa: +8
Peso: 3kg
A Lança de Fondir é um item mágico de origem divina e caótico que concede ao usuário um bônus de +5 nos ataques e danos. Além disso, de posse da arma, o usuário torna-se capaz de lançar uma rajada de queijo derretido e fumegante que causa 3d10 de dano. A rajada tem um alcance de 9m e os atingidos por ela devem fazer uma Jogada de Proteção modificada pela Destreza para reduzir o dano a metade. Além do dano, o alvo ainda deve fazer uma jogada de proteção modificada pela Sabedoria para não ser transformado em queijo derretido. A rajada pode ser usada 3 vezes ao dia.

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Campanha de Old Dragon - O cenário

Antes de postar a 4º parte da nossa campanha de OD no Forte das Terras Marginais, neste post irei tecer alguns comentários sobre os bastidores da mesma, incluindo detalhes sobre o cenário, que estou construindo a medida em que jogamos. 
Mestrar usando o Forte das Terras Marginais tem sido excelente, ele te dá um cenário com quase tudo pronto, um local seguro para os aventureiros descansar e se preparar para aventura, vários locais para serem explorados na região do forte e ótimas masmorras. Além disso, te dá liberdade para inserir a aventura em qualquer cenário ou, no meu caso, criar um cenário ao redor dela. O forte não te dá nomes de NPCs ou locais, então sinta-se livre para "dar nomes aos bois". E foi aí que tudo começou.
Antes da aventura começar, um dos jogadores batizou seu personagem de Josimar Andrade da Silva e perguntou se poderia usar esse nome, eu permiti sem problemas, e nessa onda, o outro jogador batizou seu personagem de Ricardo Brandão. Bom, se temos personagens com nomes comuns, por que não usar nomes comuns para todo o resto? Foi nesse momento que o Forte das Terras Marginais se tornou o Forte de Santa Terezinha.
Bom, a partir daí criamos um cenário novo, repleto de regionalismos, bem familiar a nossa realidade e região em que vivemos, que é o nordeste do Brasil. Usamos muitas gírias nordestinas durante o jogo, o que ajuda a dar o clima do cenário (além de facilitar a interpretação dos personagens, já que meus jogadores atuais não costumavam ligar muito pra isso, o que eu acho uma preguiça tremenda!). Vamos agora, a um breve resumo do cenário.

O cenário em que se passa nossa campanha é vagamente inspirado no Brasil colonial: um local novo e desconhecido aos olhos do mundo "civilizado", e quando me refiro a civilização no contexto da fantasia medieval, quero dizer a raça dos homens, que no nosso cenário assume o papel dos europeus. A raça dos homens vem originalmente de outro continente, além do oceano, onde possuem uma sociedade baseada no feudalismo e possuem uma religião monoteísta semelhante ao catolicismo (creem em um único deus criador do mundo e um opositor responsável pela maldade dos homens, os santos são clérigos que se tornaram mártires durante a história da raça). Os homens então viajaram pelo oceano e descobriram uma terra totalmente nova,  onde tiveram contato com uma nova raça de seres: os elfos.
Os elfos no nosso cenário são os equivalente aos povos indígenas nativos do Brasil, vivem em plena harmonia com a natureza e com os animais, vivem da caça, da pesca e da coleta e se organizam em tribos, cada uma dessas tribos tem um representante em uma ordem druídica que cultua a Mãe Natureza. 
O primeiro contato entre homens e elfos foi relativamente amistoso, depois essa relação se tornou neutra assim que os elfos descobriram o principal interesse dos homens na terra que acabaram de descobrir: explorar suas riquezas naturais. Os humanos por sua vez, viram os elfos como selvagens e tentaram ensinar  a eles o modo civilizado de viver, tentando impor seus costumes a força. Não foram bem sucedidos pois os elfos sabiam se defender muito bem, principalmente através da magia arcana, que para os homens era bruxaria. Ainda hoje a relação entre homens e elfos é extremamente delicada, alguns insistem em converter os elfos à religião dos homens, tentam ensinar a eles seus costumes "civilizados". Os elfos, por sua vez, não enxergam os homens como ameaça e permitem que eles entrem em seu território para realizarem suas "missões".
E assim os homens realizaram várias expedições exploratórias na nova terra, em busca de riquezas, descobriram ruínas de civilizações esquecidas de milhares de anos, construíram cidades, castelos e fortes. 
Durante a colonização da nova terra, os homens acabaram encontrando os anões, que já habitavam as montanhas há séculos antes da chegada dos elfos e dos homens. Os homens já conheciam os anões de seu continente de origem, mas foi uma surpresa saber que seu reino subterrâneo se expandia até além do oceano. A relação entre os homens e os anões é exclusivamente comercial, através de um acordo feito entre as raças após um longo período de guerra entre ambas.
É de conhecimento daqueles que leram o Forte das Terras Marginais, a existência de um culto do caos profano, composto por clérigos caóticos que cultuam seres ocultos, desconhecidos, abissais e em sua maioria, malignos. No nosso cenário, a magia arcana é vista como parte desses cultos caóticos, sendo assim, bastante incomum a presença de magos, que são perseguidos e condenados às mais diversas punições, semelhante a inquisição. Esse, além do d4 como dado de vida, é o principal motivo da ausência de personagens magos por parte dos jogadores dessa campanha (risos).

Bem, é basicamente isso, mais detalhes sobre o cenário serão apresentados em breve, como disse anteriormente, ele ainda está sendo construído enquanto jogamos. Até a próxima!

sexta-feira, 17 de maio de 2013

O livro de receitas da Mamãe Halfling

Um gancho recorrente nas minhas mesas de RPG é sobre o roubo do livro de receitas da Mamãe Halfling, um tomo antigo contendo receitas secretas de guloseimas saborosas escritas por  gerações e gerações de matriarcas halflings. Aproveitando o mês das mães, resolvi participar da Ciranda de Blogs de maio que tem como tema "MÃE". 
Geralmente uso o roubo do livro de receitas da Mamãe Halfling como gancho para aventureiros de 1º nível, quando os aventureiros estão hospedados na mesma estalagem ou taverna em que o livro se encontrava até ser furtado. Os meliantes costumam ser goblins ou kobolds, eventualmente trabalhando para um orc ou ogro comilão. Então, para não ficar na mesmice, resolvi fazer uma mini-aventura para Goblins em Campanha, tendo em vista que essa aventura foi usada originalmente em uma sessão de Malditos Goblins, não é de se estranhar o tom cômico de certa forma.
Não serão usados nomes para NPCS e localidades, então fica a cargo de cada mestre nomeá-los conforme seu gosto. Recomendo lerem o Malditos Goblins para sugestão de nomes para os goblins (tanto dos jogadores quanto dos npcs), e o Goblins em Campanha para nomes de tribos.

A aventura começa quando o chefe da tribo da qual os personagens jogadores fazem parte os convoca junto a um caldeirão qunte e mal cheiroso, ele parece estar preparando algum tipo de cozido, mas pelo cheiro, não deve ter sido bem sucedido na tarefa. O chefe então dá aos jogadores a missão de roubar um livro de receitas de uma taverna em uma vila próxima, pois o Rei dos Goblins de todas as tribos da região fará uma inspeção na tribo dos jogadores e dizem que ele come por três goblins e um bode! Além do livro, o chefe pede aos personagens que tragam, se possível, outros itens "de extrema necessidade" como uma bandeja    grande, uma tesoura de jardim, uma abóbora, laranjas e um cadeado.
Antes de saírem da tribo os jogadores podem obter as seguintes informações com o chefe:
  • Sobre o livro: é um livro grande e pesado, possui uma capa dura da cor castanha, é um livro antigo, então suas páginas já estão amareladas, é repleto de figuras de ervas, carnes e queijos.
  • Sobre eventuais perigos: a porta da frente da taverna é guardada por um enorme cachorro são bernardo, que está sempre com fome. De vez em quando a taverna é frequentada por aventureiros. A  floresta próximo a vila é habitada por um troll.
Além dessas informações o chefe da tribo disponibiliza para os personagens os seguintes objetos: uma corda de 15m, 3 tochas, 2 fêmures (que podem ser usados como porrete, tamanho M, 1d4 de dano, iniciativa +6), um saco de tecido, um pé de cabra, um casal de ratos vivos e um frasco de óleo mal cheiroso (se indagado sobre o conteúdo do frasco, o chefe diz "não sei o que é, mas pode ser útil", ele na verdade quer se livrar do frasco fedido, que é inflamável).

Encontros aleatórios na região das florestas
  1d6 ______________________________________________________________________________
  1. 1d4 Ursos
  2. 2d6 Doninhas raivosas
  3. 2d6 Goblins rivais
  4. 1d6 Lenhadores
  5. Grupo de aventureiros.
  6. O troll.
Os encontros não precisam necessariamente ser resolvidos com combate, os goblins podem se esconder, fugir, tentar resolvê-los através de diplomacia ou qualquer outra ideia que surgir por parte dos jogadores.
A vila fica em um vale há mais ou menos 1 hora de caminhada ao sul da tribo dos goblins, que vivem em uma caverna escura na subida de uma serra, em uma região cercada por uma floresta de coníferas. A vila é composta por dezenas de casas de madeira, habitadas por lenhadores.

Um pequeno mapa da região onde a aventura acontece.
Só existe uma taverna na vila, e não é muito difícil de achá-la, durante o dia, sua chaminé solta fumaça constantemente e um delicioso cheiro de comida emana do local,  que é bem movimentado. Lenhadores entram e saem do lugar e são recepcionados pelo cão mencionado pelo chefe da tribo na entrada da taverna. Há uma chance de 1 a 3 em 1d6 de que um grupo aventureiros estejam bebendo na taverna durante o dia e de 1 em 1d6 durante a noite. Além da porta da frente,os goblins podem se infiltrar na taverna pelas janelas, pela chaminé ou pelo porão, que tem uma passagem para os fundos do estabelecimento.


Encontros aleatórios na Vila dos Lenhadores
  1d6 ______________________________________________________________________________
  1. Anão bêbado que acha que é um pinguim de madeira.
  2. Macaco ladrão que tenta furtar algo dos personagens.
  3. Lenhador compulsivo em polir seu machado.
  4. Casal namorando no celeiro.
  5. Uma vaca que defeca uma jóia preciosa  em meio suas fezes.
  6. O troll roubando um bebê de uma casa.

Longe da vila, em algum lugar na floresta, vive um troll. Inimigo declarado dos lenhadores, este troll decidiu que a razão de sua existência é provocar a cólera dos habitantes da vila, só para fazer o mal. Frequentemente ele rouba os mais variados objetos na vila, incluindo animais e bebês! Atualmente existe uma recompensa de 100 peças de ouro pela captura do troll vivo ou morto. Vários aventureiros tentaram capturá-lo mas falharam. Em seu covil, encontram-se os objetos roubados da vila e de suas vítimas.

Confusão é o que não vai faltar com essa galerinha do barulho!
A aventura termina assim que os personagem voltam a tribo com o livro de receias da Mamãe Halfling, agora eles devem ajudar o lider a preparar as guloseimas para a  festa de boas vindas ao Rei dos Goblins, provavelmente serão necessários muitos ingredientes que podem ser encontrados no vilarejo e na região das montanhas!

Inimigos


Doninhas Raivosas
(Pequeno e Caótico)
DV 2+4 (14/20)
ATQ: 1 garra +3 (1d3+1), 1 mordida +2 (1d4+2)
CA13, JP18
Atributos: FOR 12, DES 16, CON 14, INT 2, SAB 12, CAR 11
Doninhas Raivosas continuam lutando até atingirem -5 pontos de vida.
100 XP

Urso
(Grande e Neutro)
DV 4 (28/40)
ATQ:  2 garras +4 (1d4), 1 mordida +3 (1d6)
CA19, JP16
Atributos: FOR 16, DES 13, CON 14, INT 8, SAB 8, CAR 6.
240 XP

Goblin
(Pequeno e Caótico)
DV 1(6/9)
ATQ: 1 espada curta +2 (1d6), 1 lança pequena +1 (1d4)
CA13, JP16
Atributos: FOR 11, DES 13, CON 12, INT 10, SAB 9, CAR 6
10 XP

Lenhador
(Médio e Neutro)
DV 1(4/7)
ATQ: 1 machado +2 (1d8)
CA13, JP16
Atributos: FOR 11, DES 12, CON 9, INT 9, SAB 12, CAR 10
25 XP

Troll
(Grande e Caótico)
DV 6(66/84)
ATQ: 2 garras +7 (1d6+6)
CA13, JP13 +2 contra fogo e ácido.
Atributos: FOR 23, DES 14, CON 23, INT 6, SAB 9, CAR 6
555 XP

Aventureiros

Homem de armas nível 1
(Médio e Caótico)
PV 12
ATQ: 1 espada longa +3 (1d8+2)
CA14 (armadura de couro, escudo de madeira), JP16
Atributos: FOR 15, DES 13, CON 14, INT 10, SAB 12, CAR 8

Clérigo nível 1
(Médio e Ordeiro)
PV 10
ATQ: 1 maça +1 (1d8+1)
CA14 (armadura de couro, escudo de madeira), JP15
Atributos: FOR 13, DES 8, CON 14, INT 10, SAB 15, CAR 12

Mago nível 1
(Médio e Neutro)
PV 5
ATQ: 1 cajado +0 (1d4)
CA11, JP14
Atributos: FOR 10, DES 14, CON 13, INT 15, SAB 12, CAR 8

Ladrão nível 1
(Médio e Caótico)
PV 7
ATQ: 1 adaga +2 (1d4+1)
CA12, JP16
Atributos: FOR 12, DES 15, CON 13, INT 14, SAB 10, CAR 8

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Campanha de Old Dragon - Parte 3

De volta ao Forte de Santa Terezinha mais uma vez derrotados, os aventureiros sobreviventes John Carter e Bungo decidem pedir ajuda ao Major Antônio Morais, alegando que muitos homens já morreram na difícil empreitada de livrar as cavernas da ameaça goblinoide. Mas o Major é inflexível, e diz que muitos já vieram antes e haviam morrido também, todos aceitaram a tarefa por sua própria conta e risco, e era por isso que ele tinha oferecido 100 P.O. de recompensa.
Sem o apoio do Major, John Carter decide ir até a Capela do Forte, pedir a "bença" e conselhos ao padre Eudes, um homem muito sábio. Ciente da situação, o padre envia uma carta para a Mata do Ipê, onde vive o clérigo Josebias Batista (novo personagem do jogador de Bebeto, o anão azarado) que está em missão para converter os elfos da região. Na carta é solicitado a Josebias que venha  o quanto antes e traga um elfo valente, crente em Deus e de sua confiança, esse elfo é o ladino Jimiel, o sombra (um dos personagens prontos do Forte das Terras Marginais).

Josebias Batista convertendo os elfos da Mata do Ipê.
Ao chegarem ao Forte, Josebias e Jimiel são colocados a par da situação por John Carter, Bungo e o padre Eudes, e eles decidem investigar outras áreas das montanhas, evitando as cavernas dos kobolds por um tempo.
Infelizmente, ao investigar a região das cavernas, os aventureiros entram em uma área morta, repleta de árvores enegrecidas e cheiro de carniça, território onde habita uma Sombra, que acaba matando John Carter e Bungo. Josebias e Jimiel conseguem se livrar dela e decidem voltar. Mas não antes de Josebias pilhar os pertences de seus falecidos companheiros e usá-los para comprar uma maça obra-prima  quando chegou ao Forte. 
Os dois novos aventureiros dão a notícia ao padre Eudes, que conversava com outro clérigo (e novo personagem do jogador de John Carter), Tião Magrela, que veio ao Forte para investigar o desaparecimento de um mercador em um bosque da região, que segundo dizem os rumores, é amaldiçoado. Eles decidem ajudar Tião a procurar o mercador contanto que ele se junte ao grupo na empreitada de expulsar o mal da região, todos concordam e partem rumo ao tal bosque.

Continua...

sábado, 6 de abril de 2013

Campanha de Old Dragon - Parte 2

Conseguindo escapar com vida da caverna dos kobolds, John Carter, o clérigo estrangeiro, e seu ajudante Bungo, o halfling espadachim, voltam ao Forte de Santa Terezinha. Lá eles procuram se equipar melhor para a próxima investida às cavernas, e para isso, contam com a ajuda de um novo aventureiro: Bebeto, um anão de armas (e novo personagem do jogador de Juma e Josimar). 
Bebeto é um velho amigo de João, o taverneiro anão, que foi muito prestativo com os aventureiros oferecendo a eles informações valiosas (em troca de muitas pratas, é claro) e umas "lapadas de cana". Confiando na indicação de seu amigo João, Bebeto aceita partir com os bravos aventureiros até as Cavernas da Escuridão, ainda mais após saber que iria poder matar alguns kobolds malditos e, de quebra, conseguir uma grana extra.

Todo o carisma dos anões Bebeto e João.

Equipados, descansados e preparados, os aventureiros voltam às cavernas, tomando as devidas precauções durante o caminho,  evitando encontrar o ogro e seus comparsas, além de ter a sorte de não cruzar com o cavaleiro misterioso novamente.  
Havia passado alguns dias desde que fugiram das cavernas dos kobolds, e durante esse tempo as criaturinhas prepararam novas armadilhas e bolaram novas estratégias para se prevenir de invasores. E eu, o Dungeon Master, tive a oportunidade de ler esta postagem sobre kobolds do Tucker no Módulos RPG, para a infelicidade dos meus jogadores.
Antes de sequer entrar na caverna, os aventureiros foram avistados pelos kobolds, que estavam fazendo a vigilância do perímetro. Cientes de que não tinham mais o fator surpresa, mesmo assim eles decidiram entrar na caverna.
Bebeto, com seus 12 PVs e visão no escuro, foi na frente, enquanto os outros dois bravos aventureiros iam um pouco atrás. Assim que adentrou na primeira câmara, o anão ativou uma armadilha que o prendeu com uma rede, para logo em seguida ser alvejado com tiros de besta de kobolds muito bem escondidos. Quando os demais aventureiros corriam para ajudá-lo, o anão era flanqueado por kobolds e trespassado por suas lanças. Foi o fim para o pobre Bebeto. Tomados pelo horror de ver seu mais novo companheiro ser transformado em peneira, John Carter e Bungo acham melhor recuar. Para a alegria dos kobolds, que festejaram a vitória do dia. E para a fúria do jogador de Bebeto por ter sido "deixado pra morrer", nas palavras do mesmo. 

Bebeto em seus últimos momentos de vida.
John Carter e Bungo retornam vergonhosamente ao Forte de Santa Terezinha com péssima noticia para dar a João. 

Continua ...

sábado, 30 de março de 2013

Campanha de Old Dragon - Parte 1


Finalmente, depois de algum tempo sem mestrar  nenhum RPG, eu consegui convencer meu grupo atual (dois jogadores  acostumados com 3D&T e TormentaRPG) a jogar Old Dragon.
Jogamos a aventura modular O Forte das Terras Marginais, que eu batizei de Forte de Santa Terezinha. Os personagens ficaram sabendo que o responsável pelo forte, o major Antônio Morais, estava precisando de homens para dar cabo de uns goblinoides que habitam as Cavernas da Escuridão à noreste do Forte.

Josimar e Ricardo Brandão chegando no Forte de Santa Terezinha.

Os personagens são Josimar Andrade da Silva, clérigo caótico de Deus e ex-bandoleiro, e Ricardo Brandão, homem de armas caótico. Ao chegar no Forte, os dois arrumaram um serviço de escolta na taverna e, junto a dois ajudantes NPCs: o arqueiro Vitor e o lanceiro Léo.
O mercador ofereceu 1 peça de ouro por dia para os aventureiros o levarem até uma vila a 5 dias do Forte, no caminho da ida eles foram atacados por nove zumbis e sobreviveram. Mas durante a volta encontraram um casal de grifos e seu filhote e foram atacados, resultado: somente Josimar, o clérigo conseguiu fugir e sobreviver.

A última batalha de Ricardo Brandão.

De volta ao forte, Josimar consegue falar com o major com o intermédio do clérigo local Eudes, que recomenda também a ajuda do clérigo estrangeiro John Carter (o novo personagem do jogador de Ricardo Brandão). Os dois clérigos contratam dois ajudantes e partem para as Cavernas da Escuridão.
Chegando ao riacho eles encontram uma ponte, mas quando iam atravessar foram abordados por um ogro e seus comparsas bandidos, eles cobravam uma taxa de 10 peças de ouro para atravessar a ponte, mas os personagens recusaram-se a pagar e houve luta. Somente John Carter, com ajuda da magia santuário, conseguiu escapar vivo.
Ao voltar para o forte de Santa Teresinha, John Carter junta um novo grupo para voltar e explorar as Cavernas da Escuridão (dessa vez evitando de passar pela ponte do ogro), então ele contrata dois ajudantes: Marcos, um gordo metido a valente; Bungo, o halfling  espadachim e por último Juma, o ladrão ( e novo personagem do jogador de Josimar).
Os quatro conseguem chegar as montanhas ao noroeste do forte onde ficam as Cavernas da Escuridão, mas encontram cadáveres de orcs que foram espancados. Depois de um tempo caminhando eles encontram a causa dos orcs terem morrido: um cavaleiro de armadura completa usando uma máscara espancava alguns orcs logo adiante. Logo após dar cabo dos orcs, o cavaleiro persegue os aventureiros e o primeiro a morrer de um golpe é Marcos, o ajudante gordo. Enquanto isso, o resto do grupo foge e se esconde em uma gruta.

Fuga pelas montanhas.
Depois que a poeira abaixa, o grupo finalmente encontra as Cavernas da Escuridão e entram na primeira caverna: a caverna dos kobolds. Lá dentro, Juma morre ao cair em uma armadilha de fosso, ser molhado com óleo e ser queimado vivo pela tocha atirada por um kobold. John Carter e Bungo acham melhor voltar ao forte e conseguir mais homens para ajudar a explorar a caverna.

Continua...